Gisele Meter
Você já sabe: o digital virou palco principal da comunicação política. Mas nesse ambiente que muda o tempo todo, comandado por algoritmos e disputas por atenção, não dá mais pra contar só com dicas ou ferramentas que nem sempre se adaptam a sua realidade. Quem quer se destacar precisa mais do que isso. Precisa saber onde está pisando e como construir estratégia de verdade.
Defendo que, mais do que dominar ferramentas e metodologias, o que realmente diferencia um bom profissional de marketing político são três pilares que sustentam toda a sua atuação: organização, clareza de contexto e segurança na tomada de decisões.
Quero começar pela a organização, porque por mais que a política seja imprevisível e o inesperado seja parte inerente da vida política, tenho a convicção de que é impossível se trabalhar no caos o tempo todo. Organizar, trata-se de ter objetivos claros e estrutura bem definida para alcançá-los. Quando há metas realistas, prioridades bem estabelecidas e canais alinhados, o trabalho flui com menos desperdício de tempo e maior otimização de recursos, sejam eles físicos ou humanos.
No meu ponto de vista é a organização que permite que qualquer metodologia realmente funcione. A organização não é só um detalhe, ela é o que transforma ideias em resultados.
O segundo pilar que defendo fortemente é a clareza da própria realidade. É preciso entender o cenário, o eleitorado, o contexto, plataformas e seu impacto. Não dá para trabalhar sem conhecer o terreno em que você está atuando. Lembro de um colega estrategista que em uma de suas atuações notou a desconexão da linguagem com jovens via análise de interações. Ajustou o tom e formato, orientando melhor o uso das ferramentas, em vez de insistir numa abordagem que não funcionava e essa clareza mudou o jogo da comunicação.
A clareza permite usar as metodologias certas, indo além da mera replicação, sem uma verdadeira reflexão de impacto nos resultados.
Por fim, e tão importante quanto os outros pilares é a segurança na sua própria atuação. Não se trata de arrogância, mas da confiança que nasce da experiência, do “saber fazer” e do preparo contínuo. É essa segurança que permite tomar decisões difíceis, agir com responsabilidade e transmitir confiança ao político. Permite até mesmo ousar em estratégias inesperadas, adaptando e criando soluções quando o “script” não se aplica.
Essa segurança não nasce do acaso ela se constroi no dia a dia, no acúmulo de vivência, no estudo contínuo e na disposição de encarar desafios reais. É ela que sustenta o profissional quando faltam fórmulas prontas, quando o cenário muda de repente ou quando a pressão aumenta.
No fim das contas, o que move resultados reais no marketing político dentro e fora do digital não é só o domínio técnico, mas a forma como o profissional se posiciona diante das nuances e complexidade do cenário.
Organização, clareza e segurança não são apenas qualidades desejáveis, são pré-requisitos para quem quer entregar direção, coerência, confiança e acima de tudo resultados.
Em um cenário cada vez mais competitivo, quem desenvolve esses pilares se torna não apenas necessário, mas um profissional imprescindível para o mercado.
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